sexta-feira, 16 de março de 2012

Relatório de observação de estágio ( diário dum estagiario)

Quando entrei pareciam um bando de animais, quanto mais passos dou e mais perto fico, mais percebo que essas criaturas repugnantes não têm nenhum tipo de contato com a civilização. Cada um anda a seu modo, parecem não seguir padrões comuns. Me pergunto que criaturinhas são essas, que andam de lá para cá sem ter motivo, andam por andar. Penso que elas procuram algo para saciar a sede, mas vejo água e não as vejo beber. O que será que elas querem?

Entro em uma sala, ou seria jaula, a tal professora, ou domadora, me apresenta como professor estagiário, e que bosta é essa. Depois daquela trouxa me apresentar eu adentrei na sala, se tivesse onde sentar eu teria sentado, que pena fiquei mais de cinqüenta minutos em pé vendo aquela louca passar um tempão fazendo chamada e escrevendo um texto minúsculo no quadro. Qualquer pessoa que tivesse mais de 20% de suas capacidades motoras poderia fazer o que ela fez, e ainda sobraria tempo para um cafezinho, talvez se ela tivesse tomado o bendito do café antes disso que ela chamara da aula, aquelas pobre insanas criaturas pudessem respirar aliviadas em seus cantos empoeirados.

Após esse desvio mental me encarrego de correr com umas folhas rabiscadas e umas fichas para a bendita, ou será maldita, professora assinar, não teria nada para anotar daquele tempo estagnado, mas aquela loira sentada à minha frente até que me deu uma vontade de escrever, ou será foder, mas os rabisco na folha nada mais eram que um poema erótico escrito detalhando o modo de como eu a pegaria de quatro. Quisera eu que a professora fosse pelo menos um pouco atraente, mas para falar a verdade nunca vi uma porca enlameada lecionar, corro então para que ela contamine minhas folhas saudáveis com aqueles dedos gordurosos, felizmente ela assina e me entrega, começando um palavreado sem sentido sobre como os alunos poderiam participar da aula ao invés de ficar escutando o fone e folheando revista de mulher pelada, que por falta de sorte nem chegou a minha mão, mas pelo visto ela nunca iria saber se realmente funciona, fazer o que?

Aproveito para participar de mais uma aula de outra professora, até pegavel, que tem um modo bem legal de interagir com os alunos, a aula dela era bem interativa, até que eu poderia falar um pouco mais sobre a aula, se não tivesse cochilado metade da aula, despertei com um infeliz filho de uma puta me perguntado se o que ele tinha escrito estava certo, balancei a cabeça, um movimento que nem era sim e nem que não, pelo menos a peste largou do meu pé. Quase acabando a aula lá vou eu de novo com as fichas do estágio para a Zé assinar, o sinal para o recreio toca e sou convidado a ir à sala dos professores tomar aquele cafezinho.

Indo rumo à sala dos professores, agora percebo que as criaturinhas se dividem em bandos, em sua maiorias escolhidos por cores, uns só de preto, outros só de rosa, outros quase sem nada cobrindo o que pude perceber que eram formação de pequenos mamilos. Pude notar em um grupo mais separado que os demais que eles eram mais unidos que os outros, era o único grupo que se reunia em forma de circulo e passavam de mão em mão algo acendia e apagava logo em seguida, parecia uma brincadeira mas pelo tom que se dava a conversa vi que era coisa seria.

Já na sala dos professores, meu Deus, que inferno, achei até que tinha entrado na porta errada, ainda voltei para conferir se na porta não estava escrito: Gabiroba das loucas. Errei, realmente era a sala dos professores, e acredite na sala dos professores não se entra só professores, tinha um figura estranha, que não pode identificar o sexo, mas foi-me apresentada como sendo a professora de matemática, professor ou professora? Na hora que a outra falou só entendi: sous de matemática! Deixa pra lá, observar os monstrinhos é bem melhor, degustando este chafé, logo- logo me livro dessas criaturinhas, depois disso só daqui a seis meses e olhe lá, só me falta pegar devolta minhas fichas na sala daquela bicha enrustida chamada de diretor!


Um comentário:

  1. Muito bom! Experiências em salas de aula são sempre assim, estranhas. Mas pensando bem dá pra observar muita coisa, hahahaha

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