terça-feira, 29 de setembro de 2009

A ditadura de agora *

Na época da ditadura, podíamos acelerar nossos Mavericks acima dos 120km/h sem a delação dos radares, mas não podíamos falar mal do presidente.

Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas, sem que isso constituísse crime ambiental, mas não podíamos falar mal do presidente.

Podíamos tomar nossa redentora cerveja após o expediente, sem o risco de sermos jogados à vala da delinqüência, mas não podíamos falar mal do presidente.

Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças ("ei negão"), credos ("esse crente aí") ou preferências sexuais ("fala sua bicha") e não éramos processados por isso, mas não podíamos falar mal do presidente.

Íamos a bares e restaurantes cujas mesas mais pareciam Cubatão em razão de tantos fumantes, os quais não eram alocados entre o banheiro e a coluna que separa a chapa, mas não podíamos falar mal do presidente.

Cantava a menina do contas a pagar ou a recepcionista sem medo de sofrer processo judicial por assédio, mas não podia falar mal do presidente... Hoje a única coisa que podemos fazer é falar mal do presidente! Que merda!

* o texto não é meu, mas achei interessante e muito verdadeiro, por isso decidi postar. me enviaram sem o autor, por isso não tem os creditos a ele!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

PRISÃO DE VENTRE MENTAL

Vermes rastejantes
Querendo o alto
Descendentes do Hades
Anarquismo social do espirito

Fazem com seus sons e vidas
Uma afirmação sem nexo sobre o real
Tentam implantar as anomalias no mundo
De seus pensamentos e danças sexuais
Da prisão de ventre mental compartilhada aos irmãos

Num abismo de excremento
Suas palavras normais e roupas coloridas
Copiadores e deformadores de pensamentos
Vermes rastejantes sem ideologia
Sem filosofia sem palavra de ordem
Ou de qualquer grito de razão
Apóiam o nada vivem o nada
Sem fé sem lei sem paixão
Com mãos no joelho até o chão
Prisão de ventre mental em bailes modernos
E nas vidas...


Há quem diga que essa diarreia mental está focada apenas em um estilo, num grupo de pessoas, que sempre misturam-se apenas com sua trupa. Mas na realidade vários membros da sociedade sofrem dessa patologia social, e em maior escala do que se pensa, vivemos numa realidade onde muitos não tem nada a dizer, e quando tem ficam calados reprimidos belos padrões de beleza e feiúra, alguns estão certos de calar, como diria Luiz Ricardo Benuel: “mais vale o silêncio do sábio, que as palavras do tolo” (ou era mais ou menos por aí). Hoje a comunicação está cada vez mais rápida, daqui a uns tempos saberemos das nossas reações antes mesmo delas acontecerem, a exemplo do filme Minority Report (“A divisão pré-crime conseguiu acabar com os assassinatos, nesse setor da polícia o futuro é visualizado antecipadamente por paranormais, os precogs, e o culpado é punido antes que o crime seja cometido.”)* Então por que guardar qualquer tentativa de engrandecimento egoico-social? Nem todos querem falar o que pensam, mas a questão fica no que pensar, se não falam que pelo menos pensem e tenham opinião. Que não fiquem em suas prisões de ventre mentais, mostrando ao mundo que não são apenas cascas vazias, cheias de vento e gazes estomacais!
De resto... tudo rola!

*Fonte: Wikipedia

Agradecimentos a Tânia Bueno, pela contribuição!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

22 de setembro...

Muitos pensariam que é mais um dia sem carro ou quem sabe a estréia do filme O Exorcista, mas pode- se pensar um pouco mais sobre esse dia como dos outros dias comuns de nossa vida. 11 dias após o 11 de setembro e ainda estou soltando meus fogos de artificio, quem não soltou um sorriso de alegria e um som de “até que enfim” quando vira as torres flamejantes representantes de um orgulho exacerbado, do capitalismo diabólico e todas tantas outras injustiças. O que acaba chamando atenção para os filmes hollywoodianos, quantas idéias podemos tirar deles, a certo tempo vimos deputados “velozes e furiosos” com dinheiro na cueca, e tantos outros mais que ficaria até obsoleto citar.Mas o que realmente me chama atenção nesse dia, não é nenhum desses fatores, acontecidos e etceteras, aqui deixo minha lembrança e homenagem ao grande coreografo, mimico, poeta e sabe-se lá Deus o que mais, Marcel Marceau. Para os conhecedores da coisa, foi esse mesmo que participou com o já póstumo Michael Jackson. Esse grande espalhador da “arte do silêncio” ganho o mundo com sua genialidade.


http://www.youtube.com/watch?v=_lF0XMCssG0


Grandes talentos temos na atualidade, cabe a cada um olhar para dentro dos olhos das sociedade e descobrir suas reais intenções e afinidades, podemos esbarrar com as mais maravilhosas mentes e nem sequer temos o prazer de desfrutar de um momento de paraíso. Então quando você se deparar com um novo conceito de arte, como o Estilo Bósta [falarei sobre ele depois], não se assuste e procure saber mais do que se trata, pode acabar sendo uma revolução em nossa vil sociedade.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Fantasma Noturno

Algum fantasma na noite
Para revelar seus encantos
E suas sombrias historias
Inebriantes anomalias da vida

Perdido na derradeira mente
De um seguidor de sussurros
Exala suas notas de voz
Como quem beija a musa

Numa neblina encantadora
De um outono vampiresco
Sentado com a lira na mão

Dedilhando jogando notas
Ao encontro de ouvintes misteriosos
Vagando atordoando as ilusões



  • Dedicado a Cinthia Garcia...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ateus graças a Deus

Estes dias me peguei pensando após analisar essa encarada como uma patologia social, melhor ser um nazista-satanista-xingador de mães do que ser ateu. Geralmente o ateísmo é ligado a uma forma de crença, de criação do universo, do desenrolar das parapsicologias sociais,e tudo mais que é atribuído a Deus.
Ateus acreditam em algo, não necessariamente chamam de Deus. Um dos grandes ateus conhecidos é o genial Albert Einstein, que mesmo não chamando de Deus acreditava em uma força que regia [e ainda rege] o universo. Achar que tais pessoas são monstros por não acreditarem nas mesmas coisas ou dar o mesmo nome para as coisas que se acredita é uma grande tolice, e sem contar uma grande ilusão do conhecimento das coisas.
Se vivêssemos na época de puritanismos os ateus iria usar um A vermelho estampado em suas vestes, para os puritanos seria um simbolo de adultério mas parece que ser ateu é pior que ser desconhecedor de uma nomenclatura divinal da sociedade. Os astecas foram uma grande nação, seriam ainda até hoje se tivesse um Deus onipotente criador dos céus e da terra, como o único Deus?
Muitas das pessoas tem algo contra, algum preconceito, em relação a pessoas e crenças diferentes das suas, parece haver uma guerra incessante vinda de todos os lados para serem os detentores do maior numero de seguidores, de conquistados, igrejas estão por aí cheias aos montes, católicas, evangélicas, umbanda, e toda sorte de religião que por aí existir. Mas se alguem em algum momento fala que é ateu, tudo para... um certo olhar de repudia começa a pairar sobre o ar e o caráter da pessoa de repente muda, um sorriso amarelo começa a apontar em seus lábios, os olhos ficam vermelhos de fúria e todo tipo de sentimento controverso e anárquico.
Na verdade, o anarquismo está na religião, pois não se importa o nome que tem, se é deus, se é tupã, se é cosmo, o que importa é “viver e não ter a vergonha de ser feliz”. Não importa se você é verde, amarelo, azul, marrom, cinza, rosa, preto, vermelho, branco ou até mesmo argentino.
“Tudo rola!”
Enquanto posto “tem um japonês estudando para entrar na USP!” mas ainda bem que é só um. E chega de citações!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Nostalgia em frente ao PC

As vezes somos tomados por uns momentos de nostalgia, num desses momentos que acabei percebendo e lembrando o quão era dura e sofrida a nossa vida antes dos aparatos tecnológicos. O quanto era duro escrever uma carta para uma pessoa que queríamos bem, quanto era duro prosear com os vizinhos. Nesses “tempos modernos” como diria o grande a um certo tempo atrás quando as filmagens era ainda em preto e branco, acabamos com varias coisas que nos proporcionavam certa diversão.
Certas vezes não lembramos o numero da nossa casa, muito menos a do vizinho, mas do email e das milhares de senhas de banco, emails, e de outras parafernalhas tecnológicas lembramos facilmente, certo que as vezes esquecemos e ficamos desesperados (muito desesperados), mas o que vemos é que a sociedade está se tornando cada vez mais centrada nesse rumo particular das telas dos computadores. Já vi até vizinhos de porta se comunicarem apenas por msn, aí nos perguntamos, por que diacho sai de suas gaiolas e vão pisar no barro e trocar um pouco de idéia falada? (por que não para de escrever um blog? rs).
Quantas vezes escrevia cartas a lápis e papel, e ficava tão feliz com isso (tudo bem que a letra era horrível), hoje em dia estamos preso a scraps, emails, e mensagem no powerpoint, algumas das oportunidades que temos de escrever com uma caneta, sim ainda existe caneta e lápis e não são tão difíceis de se achar não, é só olhar a sua volta que você vai achar muitas, era o momento de preencher o cheque, mas nem isso se pode mais, agora temos cartões eletrônicos que substitui o próprio dinheiro, e para os cheques tem agora a maquina que já preenche com o valor e tudo mais, então só resta lançar aquele borrão que você chama de assinatura e pronto! Mas isso tudo se aceitarem seu cheque logicamente!!
Agora, da próxima vez que você ver seu vizinho online convide-o para um buteco, ou coisa de gente normal. A...e deixe as teclas do computador e vá procurar papel e lápis(essa foi para mim também, bullsheat!)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Era uma vez um poema sem fim

Era uma vez
Um poema sem final
Que vivia com suas estrofes
A espera do final feliz

A cada verso
Uma nova espectativa
Do encontro perfeito
De uma síntese dos anjos

E as musas vão sendo descobertas
Uma mais bela
E cheia de virtudes que a outra
Em cada estrofe de versos apaixonados

Como as rosas que crescem em jardins
As palavras vão brotando
Tão belas como uma canção de amor
Em nome d e uma princesa encantada

A cada novo som
Uma nova espectativa
Um futuro de olhos felizes
Um ponto que finalize eternizando

Como um consolo para o pranto
As linhas uma a uma
Vão sendo preenchidas
Com histórias estrondosas repletas de maravilhas

E a cada passo
O poema vai encontrando sua morada
A sua parada de descanso
Com as notas silenciando aos poucos

Receoso como quem não quer partir
Indo ao final do arco-íris
O poema vai se despedindo
Com lagrimas de quem percorreu o mundo

Chega a outra dimensão
Mas ainda sem fim
Conhece outros versos
Tocados por estranhas liras

Com estrofes disformes
Assim como borracha derretendo
Exalando cheiros multicores
Soltando notas de fogo e gelo

De um prisma anárquico
O poema vai formando republicas
Guiando bandeiras pintadas em crucifixos
De uma igreja ariana inquisidora

Vagando pelas eras
Conhecendo destinos alheios
Sendo escrito em paginas amareladas
Cintilando a cada risco

Conhecedor da degradação
E do novo mundo
Chora imortal
E sem companhia

Em noites frias de medo
Sem o luar com nota no violão
Em sua janela o caos
A memória marginal do futuro

Uma reticência infindável
A nota aguda afinando a orquestra
Acolhendo estrofes órfãs
Ladainhas...

Sem fim
Sem um sonho de “mim”
Ouvindo o big bang
Presenciando o apocalipse...

P.s.: "tudo rola!"